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FAGIA , 2019 -  2023
Performance
20 min 

Estou diante de vocês. Enquanto isso minha

voz está sendo gravada. Essa gravação vai

tocar repetidas vezes. Para cada repetição

uma nova gravação. Para cada gravação mais

uma camada de voz. Chamo isso de Fagia.

Fagia significa alimentar-se. Aqui me alimento

até que a palavra se desfaça.

Esse é o texto inicial da performance Fagia, ela se propõe a investigar, principalmente, a potência da relação corpo/voz com o espaço através da tecnologia. Em uma dinâmica em que o corpo/ voz alimenta a gravação, a gravação alimenta o espaço e o espaço alimenta a improvisação.

O texto gravado inicialmente é tocado e regravado, em cada regravação mais uma camada de voz é acrescentada. O que era texto gradualmente se decompõem em ressonância espacial. E a voz acrescentada em cada nova gravação é um improviso, uma composição em tempo real, feita em relação ao som gerado pela decomposição sonora provocada pela regravação. As gravações têm 20 segundos, e são em média 15 regravações. A apresentação de Fagia é sempre única pelo improviso, espaço e tempo.

Como parte da composição da performance uma projeção é feita juntamente a ação. O vídeo projetado foi previamente gravado no local onde a performance ocorre. Ele é basicamente o desenvolvimento de ações no espaço proposto. A projeção cria um duplo espacial e corporal que adensa a imersividade proposta pelo som.

I stand before you. Meanwhile my voice is being

recorded. This recording will play again and

again. For each repetition a new recording. For

each recording another layer of voice. I call that

Fagia. Fagia means to feed/nourish. Here I feed

myself until the word is gone.

The fragment above is the initial text of the performance Fagia. The proposal is to investigate, mainly, the power of the body / voice in relation to the space through technology. As a dynamic interaction the body / voice feeds the recording, the recording feeds the space and the space feeds the improvisation.

A previosly recorded text is initially played and recorded again. In each re-recording, an additional layer of voice is added. What was initially a text gradually decomposes into spatial resonance. And the voice added in each new recording is an improvisation. It’s a composition in real time, created in relation to the sound, generated by the sound decomposition caused by the re-recording. The recordings are 20 seconds long, with an average of 15 re-recordings. Fagia’s presentation is always unique due to improvisation,

space and time.

As part of the performance composition, a projection is presented simultaneously during the action. The projected video was previously

recorded at the location where the performance first takes place. It is basically the development of actions in  the proposed space. The projection creates a spatial and corporal double that thickens the immersion proposed by the sound.

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